Sempre fui mau aluno a matemática, mas se me sentar com um papel e um lápis (e uma máquina calculadora) consigo fazer umas contas que os gestores da TAP não o conseguem, estranhamente) fazer.
Acho então um pouco suspeito, que uma empresa crie uma ponte aérea Porto – Lisboa, com 16 frequências diárias – graças ao bater de pé de Rui Moreira são 18 – com aviões ATR-72 e Embraer 190 e Airbus A320, “sempre que a procura o justificar”.
Contas rápidas:
Capacidade máxima do ATR-72 – 72 Passageiros
Valor de cada viagem – desde 39€
Facturação se o avião for cheio – 2808€
Capacidade máxima do Embraer 190 – 114 passageiros
Valor de cada viagem – desde 39€
Facturação se o avião for cheio – 4446€
A empresa tem que pagar (pelo menos):
Tripulantes: presumo que pelo menos 5 (dois pilotos de certeza mais pessoal de cabine)
Taxas aeroportuárias;
Manutenção das aeronaves;
Impostos;
Combustível.
As grandes questões é que os aviões nunca irão cheios, por isso o dinheiro a entrar em caixa será menor; com tantos voos, de certeza que alguns irão vazios, ou quase.
Se estes dão pouco lucro, ou muito prejuízo, porque é que se cancelaram rotas do Porto e para o Porto que tinham cerca de 90% de ocupação? Esses que os senhores da TAP dizem que não davam lucro??? Ou há outra razão nos bastidores, ou outras, como afirma Rui Moreira.
A minha pergunta é, será que isto dá lucro ou os aviões andam a água?